quarta-feira, 21 de abril de 2010

E a idealização vira realidade?

- Mas, se estamos juntos, por que não posso contar para o mundo?
- Por que contar agora, se semana que vem tudo pode estar terminado?
- Você já quer terminar comigo?
- Não, mas você pode terminar comigo...
- Impossível, eu te amo, sonho com você há mais de um ano!
- Por isso mesmo. Pode haver incompatibilidade entre a mulher que você ama e que está na sua mente e eu, que estou na sua frente, que sou real...Você sonhou tempo demais comigo! Será que você vai continuar me amando semana que vem?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Talvez, uma visita

O garoto amava nuvens. Desejava voar num balão. Mas temia que o avô, agora morador do céu, não o permitisse voltar. Quanta saudade sentia!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um olhar diferente

Ele: "Bom dia!"
Ela: "Bom dia!"
Ele se aproximou para um cumprimento tipicamente carioca, os dois beijinhos. A barba por fazer arranhou o rosto dela durante os gestos. Ela sentiu uma corrente elétrica percorrer o corpo, um calafrio subir da coluna até a nuca, e ao mesmo tempo, um leve torpor. E então, não entendia mais nada do que ele dizia, só via uma figura charmosa com uma barba que lhe conferia um ar másculo e, até mesmo, canalha. Nunca o olhou com o ardor das segundas intenções, nunca até aquele momento singular e comum. Ela só esperava um dia normal, mas recebeu um "bom dia" revestido de pura testosterona!

Lábio leporino

Não era espasmo, mas, com certeza, era involuntário. Ele sorria sempre, sem motivos e sem vontade. Nasceu sorrindo. Quem poderia supor que sorrisos provocasse horror nas pessoas, ao invés de aquecer seus corações? Sonhava em parar de sorrir... Mundo triste e contraditório!

O fim

O ar parecia sólido. Tão de repente se desligaram! Já não conseguiam dar um passo a frente, romper o ar para um contato pele a pele. Os olhos marejados de água de um lado, a garganta dolorida empenhada em engolir o choro de outro.
"É isso? O fim? Nosso fim?"
"Jamais imaginei isso, nosso fim. Para mim, ele só chegaria com o fatídico acontecimento que rompe casamentos destinados ao felizes para sempre, com a morte que separa..."
O ar continuava sólido, pesado.
"Eu te amo!"
"Eu também... Não era pra ser."
Ele rompeu bravamente e vigorosamente o ar e deu-lhe um beijo na testa. O último beijo, o ponto final.