terça-feira, 29 de março de 2011

Euforia

Nota-se... é tão perceptível a qualquer um que ela já não caminha, mas flutua. Tem não mais pés humanos, mas os de um deus grego, Hermes. Salta aos olhos: ela anda nas nuvens, conhece o céu. O nome disso? Felicidade!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Onde mora o amor?

“O que a memória ama, fica eterno.
Te amo com a memória, imperecível.”

Disse categoricamente que Adélia Prado estava errada. A memória é perecível e a demência mata o amor. O “porém” foi tal conclusão: revoltou-se, quando a disse em voz alta. Foi só então, que decidiu procurar onde mora o amor! Ela sentia demais, amava demais para suportar o esquecimento, o esvanecimento de tudo o que lhe era tão querido. Se a memória não é eterna, onde mais se guarda o amor? Como tornar o amor eterno?

Mergulho

Após tantas disussões, era a primeira vez em que realmente conversavam. Ele sentia a angústia entalada na garganta, aquele medo de descobrir o fim, mas já era hora de encarar a realidade. E foi naquele instante de silêncio, em que soluções, respostas, frases de efeito são procuradas, naquele instante em que as palavras não saem, e o vazio de sons torna-se constrangedor, que os olhos dele procuraram os dela. Tantas vezes isso já havia acontecido, tantas vezes os olhares se atraíram... porém, dessa vez, o sentido era diferente.
- O que foi?
- Quero ver seus olhos. Quero mergulhar no seu olhar e descobrir se meus sonhos ainda fazem parte do seu futuro.