"Despedir dá febre", já dizia Guimarães Rosa. E dá mesmo, vem aquele calor de dentro do peito, que sobe para o rosto, formando lágrimas quentes. Despedir dói! Essa febre queima a garganta, arde a alma, ferve o sangue, faz latejar os sentidos. Despedir dói! Não há antipirético que solucione a hipertermia, não há analgésico que faça a dor parar... Só as lágrimas podem confortar, somente as boas recordações podem anunciar a calmaria. Apenas o tempo pode diminuir a dor da saudade e provocar um sorriso nostálgico na evocação de uma memória.
- Nos separamos agora, para um dia nos reencontrarmos! Enquanto isso, procurarei seu sorriso nas estrelas, pois tenho a certeza de que você estará se divertindo por lá.
Dedicado a Hilda Leite Ribeiro, in memoriam.