Eles se conheceram, se estudaram, jogaram metáforas na mesa, e acasos os juntaram. Ela pensou em uma frase de "A insustentável leveza do ser": "...para que um amor seja inesquecível, é preciso que os acasos se juntem desde o primeiro instante, como passarinhos sobre os ombros de São Francisco de Assis." Ela acreditou que estava amando. E esse amor foi infinito, enquanto durou 2 meses!
Então, ela se jogou no sofá, acompanhada de consecutivos copos de uísque para curar a decepção, para que o álcool colasse os cacos do coração. E lembrou de uma frase de Gabito Nunes, frase que repetia várias vezes... "Quantos cubos de gelo, você deve pôr no uísque para se convencer de que não era amor?"
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Beijo roubado
Eles brincavam. Ele a convidou para sair, almoço+cinema. A taquicardia dela aceitou o convite. Ele a abraçou, pegou sua mão, tudo como em um namorico dos anos 40. Mas, ela foi afoita, atrevida, e após o filme, resolveu quebrar o gelo da timidez.
Ele: Não comemos sobremesa, você quer?
Ela: Não.
Ele: Tem certeza?
Ela: Tenho. Não, não tenho. Quero um doce que desejo há um tempão, mas ou você gosta muito de rodeios ou é muito pamonha para perceber.
O rosto dele era um ponto de interrogação, um frio o trespassava a coluna.
Ela: Cadê seu espírito aventureiro? Por que ainda não me roubou um beijo?
Ele balbuciou algo, antes dos lábios quentes se encontrarem de surpresa. Um beijo doce e desajeitado, como costumam ser os primeiros beijos.
Ele: Uau!
Ela: Bom, né?! Beijo roubado é bom, você deveria experimentar mais vezes!
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