terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Príncipe moderno

Ele a esperava paciente e devotadamente por algum tempo. Ela, enfim, apareceu com um sorriso de surpresa, sentou-se ao seu lado:
- Reza a lenda que o príncipe encantado aparece montado num cavalo branco. Eu adoro a modernidade, porque nos tempos modernos, ele passa no drive-thru e aparece com um lanche do mcDonald's.
E foi assim que ela provocou duas covinhas naquele rosto de olhar apaixonado!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Túlio

Já não sentia aquela leveza tão cotidiana, de repente, o mundo estava em suas costas e a gravidade mostrava-se pesada demais! Estava ficando difícil voar...
- Vem comigo, eu te ajudo! Somos anjos de uma asa só, voamos apenas em conjunto!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Iceberg

Eles seguiam caminhando pelas ruas na madrugada. Não era Paris, tratava-se apenas daquelas ruas pouco elegantes da Tijuca, no Rio de Janeiro. O céu não estava claro, nem ostentava uma formosa lua cheia. Não, a noite estava feia... chuviscava!
Ainda assim, ela carregava um brilho nos olhos: ela sonhava. Tinha um coração viciado em ilusões.
Quanto a ele... estava longe de ser um bravo corsário a defender corajosamente seu valioso tesouro: ela. Apenas a acompanhava até em casa. As mãos não se procuraram. Não era romance!
Ela sustentava um coração tropical, ardente. Mas essa chama não derreteu a geleira que ele carregava.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Surpresa

Quando descemos do carrossel e percebemos que o mundo é muito maior, e que as perspectivas são diferentes!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

He rocks

Era só um dia comum até ele aparecer. Chegou oferecendo rock'n'roll e boas gargalhadas.
A intenção era ser feliz, transformar um dia comum em mágico!

domingo, 10 de maio de 2009

De novo, tão comum

Sentiu que o ar lhe faltava, percebeu o mundo grande demais de repente e sentiu que estava caindo...
Ele foi embora e ela esqueceu como voar. Voltaria a andar com os pés tocando o chão!

Descoberta

Procurou em todos os lugares incansavelmente até se dar conta de que não existe.
Não existe um manual de instruções para corações partidos.

O que sobra no fim?

Sabia que não era pra ser, mas seu coração não.
O ar lhe faltou... decidiu vagar por aí, andou sem direção.
Seu coração o fez correr até a porta dela. A mão hesitou, não tocou a campainha. Suas pernas o levaram para longe dali.
- Morreria se a visse. Morreria se não a visse. Morreria se visse que ela seguiu em frente!

terça-feira, 28 de abril de 2009

O herói

Poderia dizer que tratava-se de uma combinação de John Mayer com aquele sotaque, o jeito de falar do Selton Mello. Também poderia detalhar toda a história, assim como poderia escrever um conto sobre o interessante acontecimento. Poderia dizer que fora uma aventura, poderia cair em empolgação e poderia começar a sonhar...
Mas fora apenas mais uma mágica da vida. Mais uma daquelas que ela costuma realizar até mesmo em momentos estressantes.
Fora o encantamento, o brilho de quando a dor mostra algo de bom!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sonhando alto

Lutou contra dragões, salvou a princesa, casou-se com ela, ganhou um reino e uma coroa de ouro cravejada de diamantes.
O despertador escandaloso tocou...
Ele acordou e olhou-se no espelho: ainda era um sapo!

Novas cores

Estava tudo muito diferente: era o colorido que o mundo havia ganhado!
Ele apareceu com aquarela e pincéis, pintando o sete na vida dela.

Tristeza

Estava a olhar livros na livraria, lendo as últimas páginas deles. Achou um em que o final não era feliz. Comprou-o!
Combinava com seus dias...tão cinzentos ultimamente.

Fantasia

Negou-se a ler jornais, desligou a TV e ligou o som. Passou dias em estado de graça, sentindo-se levemente sensual.
Brincou de ser feliz!
Mas voltou a ler jornais no silêncio da casa, porque todo carnaval tem um fim.

Amor de verão

Era D. Quixote a cortejar Dulcinéia. O verão acabou e ele voltou a ser D.Juan.

Partida

Ia embora e odiava despedidas, mas fez um esforço: deu-lhe um adeus choroso e um pedaço de algodão!
- Para não esquecer do tempo em que andaram nas nuvens.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Delicadeza

Perto dela, ele era diferente. Ela não entendia.
Por quê?
Você é um cristalzinho que qualquer coisa pode quebrar. Eu tento te proteger!

Amor platônico

Ela usa um vestidinho de verão e ajeita os cabelos, ensaiando um sorriso. Então, junta as mãos, entrelaçando os dedos para disfarçar a tremedeira.
Sim, salta aos olhos!
Mas, ele é míope.

Ainda não existe

O tempo trará a resposta,
que transformará o comum em poesia.
A ansiedade vê o tempo se arrastando,
e a espera necessita de anestesia.
Nossa música não foi descoberta,
nem reconhecida...quem dera fosse vivida!
Nossa história é deserta, porque ainda não tem vida.
A paciência, virtude dos sábios,
às vezes, me nega visitas.
E o desespero não permite que meu coração seja hábil
para esquecer você e encontrar uma saída.
Por que não chega o esperado momento
de saber se participo dos seus pensamentos?
Por que não chega a primavera, abertura das rosas,
as primeiras linhas de uma bela história?
Os versos da melodia, alegria à vida...
Nós, oásis no deserto, história concebida!

Viver sem armadura?

Chocolates suíços acompanhados por relógios incrivelmente imprecisos!
Incessantes tic-tacs associados a fino cacau
entusiasmam um coração armado contra o mundo.
De repente, a armadura cai.
A vida, como uma sinfonia, encanta e se faz sentida.
A frase aparentemente incompreensível se impõe:
"o mundo é do tamanho dos seus olhos."
Então, o longe se torna próximo e o infinito, um longe alcançável.
Contudo, um coração desarmado não é um coração alado.
Assim como o chocolate, doce para o paladar, acaba,
também o sonho, doce para a vida, se finda.
E o despertador com alarme escandaloso chama para a realidade,
como o sol ao queimar as asas de Ícaro,
derrubando ao chão um frágil coração:
"sonhar é voar alto. Asas são necessárias para voar."
Encarando a realidade, a armadura é recolocada.
Ela evitará feridas até que se crie um aeroplano para corações.

Procura

Pró: a favor, ao encontro de
Cura: sarar, curar feridas, melhorar.
O Médico é procura.
O paciente é procura.
Pacientemente procura a cura para as feridas do dia a dia.
Nós somos procura.
Somos procuradores da cura de coisas instáveis.
Procuradores da cura procuram pelo equilíbrio:
Tendência do universo!

Bem-te-vi

Por um bem-te-vi,
enviei lhe um recado
em forma de uma rosa de verão.
Mas, alguma coisa aconteceu
ao longo do caminho:
o bem-te-vi morreu.
Meu bem querer não
chegou ao teu coração.

Talvez

Separar mente e coração: ingenuidade!
Forças inseparáveis amarradas à esperança.
Esperança? Essa surgiu de um talvez.
Palavra agonizante: não é não, nem sim.
É indefinição!
Mas, no talvez, há a esperança do sim.
Busca pela paciência para suportar a lentidão do tempo.
Porque o tempo dá a resposta definitiva à dúvida deixada pelo talvez!